30 / 04 / 2025 - 16h48
União Brasil e Progressistas oficializam federação; líderes avaliam reflexo no Piauí

 

Em um movimento já esperado nos bastidores, União Brasil e Progressistas formalizaram ontem (29) a criação de uma federação partidária que promete consolidar a força do centrão no cenário político nacional. No Piauí, onde as duas siglas já mantinham uma relação estreita, o impacto imediato tende a ser discreto, mas com efeitos projetados para o médio e longo prazo, especialmente após as eleições de 2026.

“Nossa relação com o Progressistas já é ótima, então é natural que continue dessa forma no Piauí. Na prática, no estado, não muda muito, mas fortalece, claro. Deve ter mais impactos a longo prazo, depois das eleições de 2026”, afirmou o presidente estadual do União Brasil, Marcos Elvas. A fala sintetiza a percepção de que a federação não representa uma ruptura, mas sim uma institucionalização de uma aliança que já vinha sendo construída.

A federação, modelo mais rígido que coligações, obriga os partidos a atuarem como um só por pelo menos quatro anos, incluindo eleições, decisões parlamentares e repasses do fundo partidário. Nesse cenário, a estratégia visa garantir musculatura diante das exigências da cláusula de desempenho, que tem pressionado legendas médias e pequenas a se fundirem ou federarem com partidos mais robustos.

“A regra partidária foi feita para beneficiar os grandes partidos, por isso existem essas alianças. Pois a cláusula de desempenho faz com que haja a diminuição dos partidos e o fortalecimento dos maiores”, avaliou uma fonte da federação com trânsito em Brasília.

Já o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas e principal articulador da federação, deu o tom mais político e otimista à formalização: “Estou muito feliz e realizado por poder concretizar uma federação que eu tenho certeza que será uma bússola para o Brasil, para quem quer empreender, quem quer produzir”.

A nova federação se soma a outras já existentes no país e reflete um ambiente de reforma silenciosa no sistema partidário, que busca reduzir a fragmentação no Congresso, além de se posicionar como oposição ao atual governo federal. No Piauí, onde os dois partidos já compartilham projetos, alianças municipais e espaço no tabuleiro da oposição ao PT, a expectativa é de que a federação sirva como pilar para uma candidatura majoritária em 2026, ainda em estágio de articulação.

Fonte:Cidadeverde.com

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