FMS intensifica vigilância e convoca população para vacinação contra o sarampo
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, iniciou a intensificação das ações de vigilância epidemiológica e convoca a população não vacinada para se imunizar contra o sarampo. A medida ocorre após o crescimento expressivo de casos da doença nas Américas em 2025 e também de 20 casos notificados no Tocantins, estado que faz fronteira com o sul do Piauí.
Em comunicado oficial, por meio do Ofício Circular, o Ministério da Saúde recomendou aos municípios estratégias para conter possíveis surtos, como notificação imediata de casos suspeitos, investigação e coleta de material para diagnóstico laboratorial e intensificação da vacinação, incluindo trabalhadores de saúde.
Emanuelle Dias, coordenadora de Vacinação da FMS, informa que a cobertura vacinal entre o público infantil está em aproximadamente 88% para a primeira dose da vacina tríplice viral e em torno de 70% para a segunda dose. “Nosso objetivo é alcançar coberturas vacinais superiores a 90% em toda a população, com foco especial nos grupos prioritários”, destaca.
Para se proteger contra o sarampo, o público infantil deve tomar a vacina tríplice viral aos 12 meses e a tetra viral aos 15 meses. Caso a pessoa não tenha recebido a vacina nessa faixa etária ou não tenha comprovação vacinal ou esteja com esquema incompleto, o esquema fica assim: duas doses da tríplice viral, se tiver idade entre 5 e 29 anos ou então uma dose única da tríplice viral se tiver de 30 a 59 anos. Já os profissionais de saúde devem tomar duas doses da tríplice viral, independente da idade (com exceção de gestantes e imunossuprimidos graves).
A vacina está disponível em 91 Unidades Básicas de Saúde e nas maternidades municipais, nos turnos manhã e tarde, e no posto do Teresina Shopping, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h e aos sábados, das 10h às 20h.
Quais os sintomas do sarampo
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, transmitida por secreções expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Não há tratamento específico, e os medicamentos utilizados visam apenas aliviar os sintomas. A transmissão é possível de seis dias antes até quatro dias após o surgimento dos sintomas.
Breno Noah, diretor interino de Vigilância em Saúde da FMS, explica que uma pessoa infectada pode transmitir o vírus para até 90% das pessoas não imunizadas com quem tiver contato. “E o vírus pode permanecer ativo e contagioso no ar ou em superfícies por algum tempo, mesmo após a saída da pessoa infectada do ambiente, sendo assim, a transmissão também pode ocorrer por meio de gotículas contaminadas.”
Os sintomas mais comuns da doença são irritação nos olhos, corrimento no nariz, mancha branca na parte interna da bochecha, mal estar, tosse, mancha vermelha na pele. Pode ocorrer também febre e convulsão, infecção nos ouvidos, conjuntivite, pneumonia, perda de apetite, diarreia. Em casos mais graves, lesão cerebral e óbito.
Fonte:Secom